Activista de LAG

Era 2003 e Porto Alegre brilhava. Cerca de 100 mil pessoas, vindas de todos os cantos do mundo, se reuniam na cidade para trocar idéias e afirmar que ‘um outro mundo é possível’. Na passeata de abertura, cercados de uma multidão com diversos chamados por justiça e liberdade, eu e meus amigos segurávamos diversos cartazes e gritávamos juntos ‘Águas para a vida, não para a morte’. Era nosso lema em defesa dos rios e dos povos ribeirinhos que eram afetados pela construção de mega barragens no Brasil. Foi essa luta que me levou até o Fórum Social Mundial, e foi o Fórum que me abriu os olhos de que era sim possível desejar algo melhor, para todos e todas, em Porto Alegre, no Brasil, e no mundo. Foi uma experiência fantástica. Ver aquele povo reunido, sentir aquela energia, sonhar juntos com um novo mundo me mostrou que o caminho de lutas por justiça, igualdade, e solidariedade pode até ser um caminho difícil, mas é, acima de tudo, um caminho necessário.